As partes que constituem a frase (sujeito, verbo, complementos verbais, complemento nominal, predicativo) não só
podem ser representadas por uma palavra ou expressão de valor nominal, como
também por uma oração. Assim, estudaremos um pouco mais sobre o sujeito
oracional.
O sujeito de uma oração é, geralmente, representado por um substantivo:
É fundamental a sua obediência.
Observe que "a
sua obediência" é o sujeito do verbo "ser" (conjugado na 3ª
pessoa do singular) e o núcleo é o substantivo "obediência".
É fundamental que você obedeça.
Observe que, no novo
exemplo, o núcleo deixou de ser o substantivo "obediência" e passou a
ser o verbo "obedecer". Quando isso acontece, classificamos "que
você obedeça" como sujeito oracional. Vejamos mais alguns
exemplos e a definição desse tipo de sujeito.
Sujeito oracional: é quando o núcleo do sujeito for constituído
por um verbo.
É importante que faça isto.
Parece que ele não vem.
Convém que estudes.
Espera-se que sejam aprovados.
Parece que ele não vem.
Convém que estudes.
Espera-se que sejam aprovados.
Observações:
1) O sujeito oracional também pode ser chamado de oração subordinada substantiva subjetiva;
2) Quando houver sujeito oracional, o verbo da oração principal figura na 3ª pessoa do singular;
3) O termo que introduz o sujeito oracional é, geralmente, a conjunção integrante "que" ou"se"
1) O sujeito oracional também pode ser chamado de oração subordinada substantiva subjetiva;
2) Quando houver sujeito oracional, o verbo da oração principal figura na 3ª pessoa do singular;
3) O termo que introduz o sujeito oracional é, geralmente, a conjunção integrante "que" ou"se"
Sujeito oracional também é
equivale ao substantivo masculino singular
Mesmo
quem conhece as regras de concordância pode derrapar em alguns casos. Um deles
é o do sujeito oracional. Quando o sujeito de um verbo é uma oração, esse verbo
fica na terceira pessoa do singular. Assim:
Beber dois litros de água por dia faz bem à saúde.
Ninguém
imaginaria fazer o verbo concordar com os dois litros de água, pois o que faz
bem é beber os dois litros de água.
Essa ação é que faz bem à saúde.
Muito
bem. Se houver mais de uma ação, o verbo continuará no
singular.
Veja:
Beber dois litros de água e caminhar dois quilômetros por dia faz bem à saúde.
É
com o conjunto de ações que o verbo concorda. Essa regra sofre alteração quando
as ações são opostas, caso em que levam o verbo para o plural. Assim:
Amar e odiar fazem parte da vida.
Este
último caso é mais raro. O que realmente aparece no dia a dia é o sujeito
oracional, que pede verbo no singular. No fragmento abaixo, o redator quase
acertou a concordância – o verbo está na voz passiva, portanto requer também a
concordância nominal do particípio. Veja:
“Também decidiu reduzir a mistura de álcool na gasolina, mas não
foi definida de quanto será a
diminuição.”
O
sujeito de “ser definido” é a oração “de quanto será a diminuição”. Como se
trata de sujeito oracional, o verbo assume a forma neutra – terceira pessoa do
singular e particípio no masculino singular. Para facilitar o raciocínio, pense
que o sujeito oracional equivale a um substantivo masculino singular. Assim:
Também decidiu reduzir a mistura de álcool na gasolina, mas não
foi definido de quanto será a
diminuição.
Exercício
1. Assinale a alternativa
onde o sujeito não foi corretamente grifado.
a) Um pressentimento terrível tomou
conta de todos.
b) Nenhum colega meu esteve na festa.
c) De vez em
quando, novos
interessados se
apresentavam.
d) Todas
as cartas estavam sobre
a mesa.
e) Carolina chorava
compulsivamente.
|
Predicação Verbal e Complementos Verbais
A predicação é o tipo de relação que o
verbo mantém com o sujeito da oração. De acordo com essa relação, há dois
grupos de verbos: os de estado
ou de ligação
e os nocionais
ou significativos. A predicação de um verbo só pode ser determinada através
do contexto da frase em que ele aparece.
Predicado: termo que apresenta a informação sobre o sujeito.
Todo
predicado apresenta obrigatoriamente um verbo ou uma locução verbal. Esses
verbos serão classificados segundo
sua predicação. A começar pelos verbos considerados nocionais,
recordemos que eles se dividem em transitivos ou intransitivos.
sua predicação. A começar pelos verbos considerados nocionais,
recordemos que eles se dividem em transitivos ou intransitivos.
a)
Quanto
aos Verbos Transitivos: o sentido do processo verbal passa para um
complemento, chamado de Objeto.
a.1) Verbo Transitivo
Direto
“Através dos varões viam,
descendo num declive, telhados escuros, intervalos de pátios, cantos de muro
(...).”
Do raciocínio você se recorda:
“quem vê, vê algo”; e esse algo que recebe a ação do verbo será o objeto
recebedor. Chama-se objeto direto àquele complemento verbal que não apresenta preposição
obrigatória.
A palavra que deve exigir a
preposição será o verbo; caso surja uma preposição no objeto, que não tenha
sido “exigência” do verbo, você e terá um caso de objeto direto preposicionado.
Observe os exemplos:
Observe os exemplos:
“ A mãe ao próprio filho não conhece.”
Nesse caso, houve uma inversão
dos termos na frase, o objeto foi colocado antes do verbo. Como saber, então,
qual é o sujeito e qual é o objeto? A solução foi a de se colocar uma preposição naquele
termo que se
pretendia fosse o
objeto, percebeu?
“Marcelo ama a mim.”
O pronome oblíquo “mim” por ser tônico,
nunca será usado sem uma preposição; é característica desses pronomes. Muito bem,
como ele usado como complemento de um verbo que não exigia a reposição,
poderemos afirmar que esse é um objeto direto preposicionado: a preposição
apareceu em virtude da palavra escolhida para representar o objeto.
Há outras possibilidades, em
outra aula poderemos ver mais exemplos. O importante é que você entenda a
estrutura que possibilita o aparecimento deste tipo de objeto.
a.2) Verbo Transitivo
Indireto
“...
Mas os desejos de Leopoldina eram vastos: invejava uma
larga vida (...)... Porque gostava do monte - dizia- fazia-lhe bater
o coração.”
larga vida (...)... Porque gostava do monte - dizia- fazia-lhe bater
o coração.”
Claro que você observou a presença de outros verbos no trecho; mas, o
verbo destacado é o transitivo indireto: que
“gosta”, “gosta de” algo ou de alguém. A preposição se faz obrigatória
por exigência do verbo
Você poderia tentar classificar os outros verbos presentes, bem como
seus respectivos objetos; é um bom treino!
a.3)
Verbo Transitivo Direto e Indireto
“Quando
era do tempo do Gama, isso sim! Nunca ia que me não desse os seus dez
tostões, às vezes meia libra.”
Atenção: os complementos verbais (OD e OI)
são normalmente representados por substantivos; é possível, porém, que pronomes
pessoais do caso oblíquo estejam substituindo os substantivos:
me, te, se, nos, vos >
podem ter função de OD ou OI.
lhe, lhes > sempre terão
função de OI.
o, a, os, as > sempre terão
função de OD.
Observação: acima foram expostos
apenas os pronomes oblíquos átonos, que apresentam como característica estarem
sempre ligados ao verbo (antes, no meio ou depois dele). Há os pronomes oblíquos
tônicos: mim, ti, si, que normalmente serão OI, já que exigem sempre uma
preposição; nada impede que sejam usados como objetos diretos preposicionados.
Vale observar também que, quando forem usados
os pronomes átonos o, a os, as, a terminação dos verbos transitivos diretos se
faz importante:
*Verbos terminados em -r
-s > acrescenta-se “l” aos pronomes
-z
Os fonemas finais -r, -s e -z são cortados
e acrescenta-se o -l; está é questão de eufonia, quer dizer, busca-se o som
mais agradável para a pronúncia.
Exemplos: vender + o = vendê-lo
quis + a = qui-la
fez+ as = fê-las
*Verbos terminados em –m
ou em som nasal > acrescenta-se “n” aos pronomes
Exemplos: venderam + o = venderam-na
põe + a = plena
b)
Verbo Intransitivo: aquele que não precisa de complemento, pois á
possui significação completa. Só o contexto irá revelar essa classificação.
Dizer que o verbo “dormir” é sempre intransitivo poderá ser equivocado em uma
frase como esta:
“Julio dormiu um sono tranqüilo, como
há muito não fizera...”.
Veja:
“um sono tranqüilo” é objeto de “dormir”, certo?
“um sono tranqüilo” é objeto de “dormir”, certo?
Já no exemplo abaixo, os dois verbos são
intransitivos:
“Sebastião desceu, respirou
largamente...”.
Atenção: há uma circunstância exposta após o
verbo, através do advérbio de modo “lentamente”. Observe que é comum estarem presentes
circunstâncias de ocorrência do processo verbal; mas essas circunstâncias de
tempo, modo, lugar, companhia e outras, não são complementos verbais. De fato,
gramaticalmente, podem estar presentes
em qualquer oração,
qualquer que seja a
predicação verbal.
Então, não confunda adjunto adverbial com complemento verbal.
c)
Verbo de Ligação: liga sujeito ao predicativo do sujeito.
“E eu a maçá-la! É necessário
alguma coisa? Quer que vá
chamar o médico?”
chamar o médico?”
O verbo de ligação é “esvaziado” de significado; ele somente liga o
sujeito ao predicativo do sujeito, que é o atributo, a característica desse
sujeito. Para entender o que significa estar “vazio” de significado ou “com
significado” compare:
Ele estava feliz.
(O verbo está “vazio”, quer-se privilegiar a informação presente no
predicativo)
Ele estava na sala.
(O verbo é “cheio
de significado”- nocional;
quer-se privilegiar o processo
verbal: o sujeito fez a ação de “estar”, de ter permanecido na sala.)
Resumos
Uma
síntese das características dos objetos para que você possa fixar o
aprendido (ou revisto) nesta aula. Lembre-se de que os complementos verbais são
os chamados termos integrantes da oração: são elementos que dependem da
presença de ou outro para existirem.
·
recebem a ação verbal;
·
completam o sentido dos verbos
transitivos;
·
dividem-se em:
- direto - sem preposição obrigatória;
- indireto - com preposição obrigatória.
- indireto - com preposição obrigatória.
- direto preposicionado - com
preposição não exigida pelo verbo.
Um
quadro resumo sobre predicação verbal:
Verbos Transitivos: apresentam complemento verbal.
VTD > OD e ODP
VTI > OI
VTDI > OD e OI
Verbo Intransitivo: apresenta significado
completo.
Verbo de Ligação: liga sujeito a
predicativo do sujeito.
Exercícios
1. Os pronomes pessoais oblíquos sublinhados
nas frases “...e vejo-a, ainda tomando conta de mim.” “Ela me enchia de
carícias.” “...não me dão nunca a verdadeira fisionomia...” desempenham,
respectivamente, a função sintática de:
a)
objeto direto - objeto direto - objeto indireto.
b)
objeto indireto - objeto direto - objeto indireto.
c)
objeto direto - objeto indireto - objeto direto.
d)
objeto direto - objeto indireto - objeto indireto.
e)
objeto indireto - objeto indireto - objeto direto.
2. Em que alternativa há objeto direto preposicionado?
a)
Passou aos filhos a herança recebida dos pais.
b)
Amou a seu pai com a mais plena grandeza da alma.
c) Naquele tempo era muito fácil viajar para os infernos.
d) Em dias ensolarados, gosto de ver nuvens flutuarem nos céus de agosto.
c) Naquele tempo era muito fácil viajar para os infernos.
d) Em dias ensolarados, gosto de ver nuvens flutuarem nos céus de agosto.
Complemento
Nominal
Complemento
nominal é o termo da oração que é ligado a um nome por meio de uma preposição,
completando o sentido desse nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Obj. direto complemento nominal
Ex.: Faça uma rápida leitura do texto.
núcleo do adjunto adverbial de lugar
Ele mora perto de um grande hotel.
Complemento nominal do advérbio perto.
O núcleo do complemento nominal é representado por um substantivo (ou palavra com valor de substantivo), poderá ser também representado por um pronome oblíquo.
núcleo do objeto direto.
Ex.: Tenho-lhe uma justificada admiração.
complemento nominal de admiração
O complemento nominal pode caber a uma oração com valor de substantivo, receberá o nome de oração subordinada substantiva completiva nominal.
Ex.: Chego à conclusão de que o contrato só beneficiou
Obj. direto complemento nominal
Ex.: Faça uma rápida leitura do texto.
núcleo do adjunto adverbial de lugar
Ele mora perto de um grande hotel.
Complemento nominal do advérbio perto.
O núcleo do complemento nominal é representado por um substantivo (ou palavra com valor de substantivo), poderá ser também representado por um pronome oblíquo.
núcleo do objeto direto.
Ex.: Tenho-lhe uma justificada admiração.
complemento nominal de admiração
O complemento nominal pode caber a uma oração com valor de substantivo, receberá o nome de oração subordinada substantiva completiva nominal.
Ex.: Chego à conclusão de que o contrato só beneficiou
os
americanos.
oração principal oração subordinada substantiva
completiva nominal
oração principal oração subordinada substantiva
completiva nominal
Adjunto Adverbial
Adjunto adverbial é a função
sintática dada
para os termos com valor de Advérbio que
estão presentes em uma frase ou período. O adjunto adverbial é o
termo da oração que serve para modificar o verbo segundo as
circunstâncias da frase e o valor semântico que este possui.
Há controvérsias
quanto aos tipos de adjuntos adverbiais, por parte dos gramáticos, mas
elencamos aqui os principais tipos:
Adjunto adverbial de causa (porque, por causa de, devido a)
Adjunto adverbial de condição (se, caso)
“Se
não estudar, ficará reprovado.”
“Se todos concordarem, faremos a viagem.”
“Se todos concordarem, faremos a viagem.”
Adjunto
adverbial de concessão (todavia,
contudo, muito embora, apesar disso)
Adjunto
adverbial de dúvida (talvez,
quem sabe, quiçá)
“Talvez
eu passe o fim de semana fora.”
“Quem sabe irei viajar...”
“Quem sabe irei viajar...”
Adjunto
adverbial de finalidade (para
que, para, por)
“João não
se preparou para a prova.”
“Fiz este sacrifício por você.”
“Fiz este sacrifício por você.”
Adjunto
adverbial de intensidade (muito,
quanto, que, demais)
“Há muito
tempo não te via!”
“Quantas lembranças temos da nossa infância!”
“Quantas lembranças temos da nossa infância!”
Adjunto
adverbial de lugar (aqui,
ali, lá, acolá)
“Passaremos
a noite aqui.”
“Ali estão suas bagagens.”
“Ali estão suas bagagens.”
Adjunto
adverbial de modo (bem,
mal, intensamente, vagarosamente)
“Faz
bem em não querer ir com ela.”
“A dupla cantou muito mal.”
“A dupla cantou muito mal.”
Adjunto
adverbial de tempo (hoje,
amanhã, logo, cedo, tarde)
“Voltarei
logo.”
“Amanhã acordarei cedo.”
“Amanhã acordarei cedo.”
Adjunto
Adverbial de negação (não,
jamais)
“Não faça isso.”
“Jamais duvide de Deus.”
“Jamais duvide de Deus.”
Adjunto
adverbial de afirmação (sim,
com certeza)
“Com
certeza irei viajar.”
“Conheço sim o rapaz.”
“Conheço sim o rapaz.”
Adjunto
adverbial de meio (pelo
correio, de ônibus)
“Mande
a carta pelo correio.”
“Viajaremos de ônibus.”
“Viajaremos de ônibus.”
Adjunto
adverbial de assunto (de...,
sobre..., a respeito de...)
“Os
homem discutiam sobre futebol.”
“As mulheres falavam do perigo no trânsito.”
“As mulheres falavam do perigo no trânsito.”
Adjunto
adverbial de companhia (junto
com, com, na companhia de)
“Irei
viajar com meus irmãos.”
“O presidente se reuniu com o prefeito.”
“O presidente se reuniu com o prefeito.”
Adjunto
adverbial de direção (para
cima, abaixo)
“Jogou
a bola para cima.”
“A casa foi abaixo!”
“A casa foi abaixo!”
Adjunto
adverbial de exclusão (menos,
com exceção de, exceto)
“Todos
tiraram férias menos eu.”
“Todos os diretores viajaram, exceto um.”
“Todos os diretores viajaram, exceto um.”
Adjunto
adverbial de frequência (diariamente,
frequentemente, mensalmente)
“Visito
minha mãe frequentemente.”
“Anualmente pago este imposto.”
“Anualmente pago este imposto.”
Adjunto
adverbial de instrumento (de
faca, a marteladas, com uma tesoura).
“Quebrou
o móvel a marteladas.”
“Cortou a corda com uma tesoura”.
“Cortou a corda com uma tesoura”.
O
adjunto adverbial, como podemos ver nos exemplos acima, indica a circunstância
da ação verbal, podendo incidir também sobre o adjetivo ou sobre outro
advérbio.
A
posição do adjunto adverbial na frase é, normalmente, no final,
contudo ele pode aparecer em outra posição, basta o colocarmos entre vírgulas.
Exemplo:
“Marta feriu-se violentamente com
uma tesoura.”
“Violentamente, Marta
feriu-se com uma tesoura.”
“Com uma tesoura, Marta
feriu-se violentamente.”
“Com uma tesoura,
violentamente, Marta feriu-se.”
“Violentamente, com uma
tesoura, Marta feriu-se.”
Obviamente
há preferência para o uso do adjunto adverbial no seu local padrão, ou
seja, no final da frase, mas dependendo da intenção estilística, pode-se
reorganizar a frase colocando-o em outras posições, como mostrado acima.
O
adjunto adverbial é considerado um termo acessório da oração, ou
seja, um termo que pode ser dispensado sem prejuízo na estrutura sintática da
frase, mas que nem por isso deixa de ser importante, pois dependendo da
mensagem a ser transmitida, ele será essencial para a compreensão da
mesma.
Os outros termos acessórios são o adjunto adnominal, o aposto
e o vocativo.
ADJUNTO ADVERBIAL
|
|
De afirmação
|
Sim, com certeza, deveras etc.
|
De assunto
|
Sobre política, sobre time, etc.
|
De causa
|
Por necessidade etc.
|
De companhia
|
Com meus irmãos etc.
|
De concessão
|
Apesar etc.
|
De dúvida
|
Talvez, porventura, quiçá, acaso etc.
|
De lugar
|
Aqui, ali, acolá, abaixo, atrás,
dentro, lá etc.
|
De instrumento
|
Com a pá etc.
|
De intensidade
|
Muito, pouco, *bastante, mais, tão,
quão etc.
|
De matéria
|
Com mármore etc.
|
De meio
|
De ônibus, de carro etc.
|
De modo
|
Bem, mal, devagar, depressa, palavra
+ mente: carinhosamente, educadamente etc.
|
De negação
|
Não, em hipótese alguma etc.
|
De tempo
|
Ontem, hoje, agora, cedo, tarde,
breve etc.
|
(*) "bastante" pode ou não
ser advérbio depende da frase.
Exemplos:
- Têm bastantes homens. (adjetivo)
- Corri bastante. (advérbio)
Exemplos:
- Têm bastantes homens. (adjetivo)
- Corri bastante. (advérbio)
Exercícios
1. Das alternativas que seguem, apenas uma não se
encontra corretamente analisada quanto à sua estrutura sintática.
Identifique-a:
a) Os animais fugiram do zoológico. (adjunto
adverbial de lugar)
b) Os animais do zoológico fugiram. (adjunto
adnominal)
c) Os alunos deixaram o colégio entusiasmados.
(adjunto adnominal)
d) A garota chegou em casa apressadamente. (adjunto
adverbial de modo)
e) O pai eufórico socorreu a criança. (adjunto
adnominal)
2. “O Brasil jovem está “curtindo”
o vestibular.”
Os termos destacados no período acima são,
respectivamente:
a) adjunto adverbial e objeto direto
b) predicativo do sujeito e objeto direto
c) adjunto adnominal e complemento nominal
d) adjunto adnominal e objeto direto
e) adjunto adverbial e predicativo do sujeito
Frases
complexas
Para entender a formação das frases complexas, busquemos primeiramente
compreender a formação das frases simples.
Frases
simples-possuem apenas um verbo.
Exemplo:
“O
meu vizinho foi ao médico.”
Frases
complexas-possuem mais de uma oração, ou seja, mais de um verbo.
Exemplo:
“Gostei desta blusa e comprei-a logo.”
É possível ainda transformar uma frase simples em uma
frase complexa através da junção de duas frases simples:
“O
João leu um livro.”
“Eu
li uma revista.”
Logo:
“O
João leu um livro e eu li uma revista.”
Frases
complexas compostas por duas ou mais orações são chamadas de período composto,
que podem ser classificados por coordenação e por subordinação.
Nas
orações coordenadas não há uma relação de dependência. Uma não está
dependente da outra para ter sentido próprio. As orações costumam estar ligadas
através de uma conjunção ou locução conjuncional.
Exemplo:
“Acordei
cedo, / tomei o café, / paguei a conta,/ e deixei o hotel.”
Quando
as orações não vêm introduzidas por conjunção, recebem o nome de coordenadas assindéticas. Quando vêm introduzidas
por conjunção, recebem o nome de coordenadas sindéticas.
As
orações coordenadas sindéticas
classificam-se de acordo com a relação que estabelecem com outras orações, em
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
Copulativa – estabelece uma
relação de adição com a(s) oração(ões) com que se combina.
Exemplo:
“Estou cansado e
vou descansar.”
Adversativa – transmite uma
ideia de contraste, de oposição, relativamente à ideia expressa na frase ou
oração com que se combina.
Exemplo:
“Estou
cansado, mas vou continuar.”
Disjuntiva – exprime um valor
de alternativa face ao que é expresso pela oração com que se combina.
Exemplo:
“Ou
descanso ou não posso continuar.”
Conclusiva – transmite uma
ideia de conclusão decorrente da ideia expressa na frase ou oração com que se
combina.
Exemplo:
“Estou cansado, logo
não posso continuar.”
Explicativa
–
apresenta uma justificação ou explicação relativa à frase ou oração com que se
combina.
Exemplo:
“Estou cansado porque andei muito.”
A
subordinação é a relação sintática estabelecida entre orações em que uma (subordinada) está sintaticamente
dependente de outra (subordinante).
As orações subordinadas podem-se classificar em:
Substantiva – desempenha a
função sintática de sujeito ou de complemento de um verbo, nome ou adjetivo,
podendo ser facilmente substituída por um pronome como isso e subdividindo-se em:
Completiva, que completa a
ideia da oração anterior e pode ser introduzida pelas conjunções subordinativas
que, se e para.
Exemplo:
“Eu bem sei que tu
não voltas.”
Relativa, que é introduzida
por quantificadores e pronomes relativos sem antecedente, como quem, o que,
onde, quanto, que, o qual, os quais, a qual, as quais.
Exemplo:
“Quem espera sempre alcança.”
Adjetivas – exerce a mesma
função que um adjetivo e subdivide-se em:
Relativa restritiva, que tem como função restringir a informação dada sobre
o antecedente; a sua omissão acarreta uma alteração do sentido da oração
subordinante, pois apresenta informação relevante para a definição do
antecedente.
Exemplo:
“O poeta português que
escreveu Os Lusíadas foi grandioso.”
Relativa explicativa, que apresenta informação adicional sobre o
antecedente; a sua omissão não altera o sentido da oração subordinante, uma vez
que o antecedente já se encontra suficientemente definido.
Exemplo:
“A literatura, que
é imortal, encanta os leitores.”
Adverbiais – desempenha a
função sintática de modificador da frase ou do grupo verbal e, modificando o
sentido de outras orações, subdivide-se em:
Causal, que indica a causa
ou o motivo daquilo que é expresso na subordinante.
Exemplo:
“Não compro este carro porque consome muito.”
Final, que enuncia o
objetivo da realização da situação descrita na subordinante.
Exemplo:
“Leva dinheiro para
pagares as compras.”
Temporal, que estabelece a
referência temporal em relação à qual a subordinante é interpretada.
Exemplo:
“Estavas ao telefone, quando entrei.”
Concessiva, que admite algo
contrário ao que é apresentado na subordinante mas incapaz de impedi-lo.
Exemplo:
“Iremos à piscina, embora
não seja do meu agrado.”
Condicional, que indica uma
hipótese ou condição em relação ao que é expresso na subordinante.
Exemplo:
“Se ele fosse rico,
teria muitos criados.”
Comparativa, que contém o
segundo elemento de uma comparação que estabelece em relação a uma situação
apresentada na subordinante.
Exemplo:
“Ele trata-me como
se eu fosse sua inimiga.”
Consecutiva, que apresenta uma
consequência da situação expressa na subordinante.
Exemplo:
“Comi tanto que
fiquei indisposta.”
Exercicios
1. Assinale com S as
frases simples e com C as frases complexas:
a) Os passarinhos
cantavam e as abelhas zuniam de flor em flor. ( )
b) O Tomás comeu a
sopa toda. ( )
c) A natureza ria,
mas ele estava triste. ( ).
d) A gata mia. ( ).
Respostas: a-(C), b-(S), c-(C), d-(S).
2. Transforme as
frases complexas a seguir em frases simples:
a) Meu quarto está
muito luminoso, mas não é confortável.
b) O meu computador é
novo, no entanto avariou-se.
c) Ele entrou na
sala, acendeu a luz e ligou a televisão.
d) A Elisa foi trabalhar
para Timor e regressa daqui a um ano.
Respostas:
a)
Meu quarto está muito
luminoso. Ele não é confortável.
b)
O meu computador é
novo. Ele avariou-se.
c)
Ele entrou na sala.
Ele acendeu a luz. Ele ligou a televisão.
d)
A Elisa foi trabalhar
para Timor. Ela regressa daqui a um ano.
3. Classifique a oração
sublinhada na frase “Os alunos que terminaram a prova esperaram
pelo final do tempo estabelecido.”
a) Oração subordinada adjetiva
relativa restritiva.
b) Oração subordinada adjetiva relativa
explicativa.
c) Oração subordinada substantiva
completiva.
d) Oração
subordinada substantiva relativa sem antecedente.
Resposta:
Alternativa “a”.
Grupo 8
Alexandre Ramos
Bianca Regina Cabral
Bruna Cristina Seabra
Bruna Fernandes Almeida