sexta-feira, 28 de novembro de 2014

APS MALP- Grupo 8


As partes que constituem a frase (sujeitoverbo, complementos verbaiscomplemento nominal, predicativo) não só podem ser representadas por uma palavra ou expressão de valor nominal, como também por uma oração. Assim, estudaremos um pouco mais sobre o sujeito oracional.

O sujeito de uma oração é, geralmente, representado por um substantivo:

É fundamental 
a sua obediência.
Observe que "a sua obediência" é o sujeito do verbo "ser" (conjugado na 3ª pessoa do singular) e o núcleo é o substantivo "obediência".


É fundamental que você obedeça.


Observe que, no novo exemplo, o núcleo deixou de ser o substantivo "obediência" e passou a ser o verbo "obedecer". Quando isso acontece, classificamos "que você obedeça" como sujeito oracional. Vejamos mais alguns exemplos e a definição desse tipo de sujeito.
                                                                                                                       Sujeito oracional: é quando o núcleo do sujeito for constituído por um verbo.
É importante que faça isto.
Parece que ele não vem.
Convém que estudes.
Espera-se que sejam aprovados.
Observações:
1) O sujeito oracional também pode ser chamado de
oração subordinada substantiva subjetiva;
2) Quando houver sujeito oracional, o verbo da oração principal figura na 3ª pessoa do singular;
3) O termo que introduz o sujeito oracional é, geralmente, a conjunção integrante "que" ou"se"

Sujeito oracional também é equivale ao substantivo masculino singular

Mesmo quem conhece as regras de concordância pode derrapar em alguns casos. Um deles é o do sujeito oracional. Quando o sujeito de um verbo é uma oração, esse verbo fica na terceira pessoa do singular. Assim:
Beber dois litros de água por dia faz bem à saúde.
Ninguém imaginaria fazer o verbo concordar com os dois litros de água, pois o que faz bem é beber os dois litros de água. Essa ação é que faz bem à saúde.
Muito bem. Se houver mais de uma ação, o verbo continuará no singular. Veja:
Beber dois litros de água e caminhar dois quilômetros por dia faz bem à saúde.
É com o conjunto de ações que o verbo concorda. Essa regra sofre alteração quando as ações são opostas, caso em que levam o verbo para o plural. Assim:
Amar e odiar fazem parte da vida.
Este último caso é mais raro. O que realmente aparece no dia a dia é o sujeito oracional, que pede verbo no singular. No fragmento abaixo, o redator quase acertou a concordância – o verbo está na voz passiva, portanto requer também a concordância nominal do particípio. Veja:
“Também decidiu reduzir a mistura de álcool na gasolina, mas não foi definida de quanto será a diminuição.”
O sujeito de “ser definido” é a oração “de quanto será a diminuição”. Como se trata de sujeito oracional, o verbo assume a forma neutra – terceira pessoa do singular e particípio no masculino singular. Para facilitar o raciocínio, pense que o sujeito oracional equivale a um substantivo masculino singular. Assim:
Também decidiu reduzir a mistura de álcool na gasolina, mas não foi definido de quanto será a diminuição.
Exercício
1. Assinale a alternativa onde o sujeito não foi corretamente grifado.

a) Um pressentimento terrível tomou conta de todos.
b) Nenhum colega meu esteve na festa.
c) De vez em quando, novos interessados se apresentavam.
d) Todas as cartas estavam sobre a mesa.
e) Carolina chorava compulsivamente.

Predicação Verbal e Complementos Verbais

A predicação é o tipo de relação que o verbo mantém com o sujeito da oração. De acordo com essa relação, há dois grupos de verbos: os  de  estado  ou  de  ligação  e  os  nocionais  ou significativos. A predicação de um verbo só pode ser determinada através do contexto da frase em que ele aparece.

Predicado: termo que apresenta a informação sobre o sujeito.

Todo predicado apresenta obrigatoriamente um verbo ou uma locução verbal. Esses verbos serão classificados segundo
sua predicação. A começar pelos verbos considerados nocionais,
recordemos que eles se dividem em transitivos ou intransitivos.
a)    Quanto aos Verbos Transitivos: o sentido do processo verbal passa para um complemento, chamado de Objeto.

a.1) Verbo Transitivo Direto

“Através dos varões viam, descendo num declive, telhados escuros, intervalos de pátios, cantos de muro (...).”

   Do raciocínio você se recorda: “quem vê, vê algo”; e esse algo que recebe a ação do verbo será o objeto recebedor. Chama-se objeto direto àquele complemento verbal que não apresenta preposição obrigatória.
   A palavra que deve exigir a preposição será o verbo; caso surja uma preposição no objeto, que não tenha sido “exigência” do verbo, você e terá um caso de objeto direto preposicionado.
Observe os exemplos:

A mãe ao próprio filho não conhece.”

    Nesse caso, houve uma inversão dos termos na frase, o objeto foi colocado antes do verbo. Como saber, então, qual é o sujeito e qual é o objeto? A solução foi a de se colocar uma preposição  naquele  termo  que  se  pretendia  fosse  o  objeto, percebeu?
  
“Marcelo ama a mim.”

   O pronome oblíquo “mim” por ser tônico, nunca será usado sem uma preposição; é característica desses pronomes. Muito bem, como ele usado como complemento de um verbo que não exigia a reposição, poderemos afirmar que esse é um objeto direto preposicionado: a preposição apareceu em virtude da palavra escolhida para representar o objeto.
   Há outras possibilidades, em outra aula poderemos ver mais exemplos. O importante é que você entenda a estrutura que possibilita o aparecimento deste tipo de objeto.

   a.2) Verbo Transitivo Indireto

“... Mas os desejos de Leopoldina eram vastos: invejava uma
larga vida (...)... Porque gostava do monte - dizia- fazia-lhe bater
o coração.”

   Claro que você observou a presença de outros verbos no trecho; mas, o verbo destacado é o transitivo indireto: que  “gosta”, “gosta de” algo ou de alguém. A preposição se faz obrigatória por exigência do verbo
  Você poderia tentar classificar os outros verbos presentes, bem como seus respectivos objetos; é um bom treino!
 
  a.3) Verbo Transitivo Direto e Indireto

“Quando era do tempo do Gama, isso sim! Nunca ia que me não desse os seus dez tostões, às vezes meia libra.”

Atenção: os complementos verbais (OD e OI) são normalmente representados por substantivos; é possível, porém, que pronomes pessoais do caso oblíquo estejam substituindo os substantivos:

me, te, se, nos, vos > podem ter função de OD ou OI.
lhe, lhes > sempre terão função de OI.
o, a, os, as > sempre terão função de OD.

Observação: acima foram expostos apenas os pronomes oblíquos átonos, que apresentam como característica estarem sempre ligados ao verbo (antes, no meio ou depois dele). Há os pronomes oblíquos tônicos: mim, ti, si, que normalmente serão OI, já que exigem sempre uma preposição; nada impede que sejam usados como objetos diretos preposicionados.
  
Vale observar também que, quando forem usados os pronomes átonos o, a os, as, a terminação dos verbos transitivos diretos se faz importante:

*Verbos terminados em          -r
                                                -s   > acrescenta-se “l” aos pronomes
                                                -z
Os fonemas finais -r, -s e -z são cortados e acrescenta-se o -l; está é questão de eufonia, quer dizer, busca-se o som mais agradável para a pronúncia.

Exemplos: vender + o  = vendê-lo
                     quis + a = qui-la
                       fez+ as = fê-las

*Verbos terminados em –m
                ou em som nasal           > acrescenta-se “n” aos pronomes

Exemplos: venderam + o    = venderam-na
                         põe + a    = plena

b)   Verbo Intransitivo: aquele que não precisa de complemento, pois á possui significação completa. Só o contexto irá revelar essa classificação. Dizer que o verbo “dormir” é sempre intransitivo poderá ser equivocado em uma frase como esta:

 “Julio dormiu um sono tranqüilo, como há muito não fizera...”.

Veja:
“um sono tranqüilo” é objeto de “dormir”, certo?

Já no exemplo abaixo, os dois verbos são intransitivos:

“Sebastião desceu, respirou largamente...”.

Atenção: há uma circunstância exposta após o verbo, através do advérbio de modo “lentamente”. Observe que é comum estarem presentes circunstâncias de ocorrência do processo verbal; mas essas circunstâncias de tempo, modo, lugar, companhia e outras, não são complementos verbais. De fato, gramaticalmente, podem estar presentes  em  qualquer  oração,  qualquer  que  seja  a predicação verbal.
   Então, não confunda adjunto adverbial com complemento verbal.

c)    Verbo de Ligação: liga sujeito ao predicativo do sujeito.

“E eu a maçá-la! É necessário alguma coisa? Quer que vá
chamar o médico?”

   O verbo de ligação é “esvaziado” de significado; ele somente liga o sujeito ao predicativo do sujeito, que é o atributo, a característica desse sujeito. Para entender o que significa estar “vazio” de significado ou “com significado” compare:

   Ele estava feliz.
   (O verbo está “vazio”, quer-se privilegiar a informação presente no predicativo)

   Ele estava na sala.
   (O verbo  é  “cheio  de  significado”-  nocional;  quer-se privilegiar o  processo verbal: o sujeito fez a ação de “estar”, de ter permanecido na sala.)

Resumos
Uma síntese das características dos objetos para que você possa fixar o aprendido (ou revisto) nesta aula. Lembre-se de que os complementos verbais são os chamados termos integrantes da oração: são elementos que dependem da presença de ou outro para existirem.
·         recebem a ação verbal;
·         completam o sentido dos verbos transitivos;
·         dividem-se em:
- direto - sem preposição obrigatória;
- indireto - com preposição obrigatória.
           - direto preposicionado - com preposição não exigida pelo verbo.

Um quadro resumo sobre predicação verbal:
Verbos Transitivos: apresentam complemento verbal.
VTD >     OD e ODP
VTI >      OI
VTDI >   OD e OI
Verbo Intransitivo: apresenta significado completo.
Verbo de Ligação: liga sujeito a predicativo do sujeito.

Exercícios

1.  Os pronomes pessoais oblíquos sublinhados nas frases “...e vejo-a, ainda tomando conta de mim.” “Ela me enchia de carícias.” “...não me dão nunca a verdadeira fisionomia...” desempenham, respectivamente, a função sintática de:
a) objeto direto - objeto direto - objeto indireto.
b) objeto indireto - objeto direto - objeto indireto.
c) objeto direto - objeto indireto - objeto direto.
d) objeto direto - objeto indireto - objeto indireto.
e) objeto indireto - objeto indireto - objeto direto.

2.  Em que alternativa há objeto direto preposicionado?

a) Passou aos filhos a herança recebida dos pais.
b) Amou a seu pai com a mais plena grandeza da alma.
c) Naquele tempo era muito fácil viajar para os infernos.
d) Em dias ensolarados, gosto de ver nuvens flutuarem nos céus de agosto.

Complemento Nominal

Complemento nominal é o termo da oração que é ligado a um nome por meio de uma preposição, completando o sentido desse nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).


                   Obj. direto                  complemento nominal 
Ex.: Faça uma rápida leitura   do texto.

                  núcleo do adjunto adverbial de lugar 
Ele mora perto    de um grande hotel.
                               Complemento nominal do advérbio perto. 

O núcleo do complemento nominal é representado por um substantivo (ou palavra com valor de substantivo), poderá ser também representado por um pronome oblíquo.

                                                          núcleo do objeto direto.
Ex.: Tenho-lhe uma justificada admiração.
                    complemento nominal de admiração

O complemento nominal pode caber a uma oração com valor de substantivo, receberá o nome de oração subordinada substantiva completiva nominal. 

Ex.: Chego à conclusão  de que o contrato só beneficiou
                                                     os americanos.
          oração principal                    oração subordinada substantiva
                                                                 completiva nominal

Adjunto Adverbial
Adjunto adverbial é a função sintática dada para os termos com valor de Advérbio que estão presentes em uma frase ou período. O adjunto adverbial é o termo da oração que serve para modificar o verbo segundo as circunstâncias da frase e o valor semântico que este possui.
Há controvérsias quanto aos tipos de adjuntos adverbiais, por parte dos gramáticos, mas elencamos aqui os principais tipos:

Adjunto adverbial de causa (porque, por causa de, devido a)

“Faltou à aula por causa do trânsito”.
“Devido ao mau tempo, não saiu de
 casa”.

Adjunto adverbial de condição (se, caso)

“Se não estudar, ficará reprovado.”
“Se todos concordarem, faremos a viagem.”

Adjunto adverbial de concessão (todavia, contudo, muito embora, apesar disso)

“Não fui bem na prova, apesar de ter estudado.”
“Embora um pouco cansada, ela esbanjava simpatia.”

Adjunto adverbial de dúvida (talvez, quem sabe, quiçá)

“Talvez eu passe o fim de semana fora.”
“Quem sabe irei viajar...”

Adjunto adverbial de finalidade (para que, para, por)

“João não se preparou para a prova.”
“Fiz este sacrifício por você.”

Adjunto adverbial de intensidade (muito, quanto, que, demais)

“Há muito tempo não te via!”
“Quantas lembranças temos da nossa infância!”

Adjunto adverbial de lugar (aqui, ali, lá, acolá)

“Passaremos a noite aqui.”
“Ali estão suas bagagens.”

Adjunto adverbial de modo (bem, mal, intensamente, vagarosamente)

“Faz bem em não querer ir com ela.”
“A dupla cantou muito mal.”

Adjunto adverbial de tempo (hoje, amanhã, logo, cedo, tarde)

“Voltarei logo.”
“Amanhã acordarei cedo.”

Adjunto Adverbial de negação (não, jamais)

“Não faça isso.”
“Jamais duvide de Deus.”

Adjunto adverbial de afirmação (sim, com certeza)

“Com certeza irei viajar.”
“Conheço sim o rapaz.”

Adjunto adverbial de meio (pelo correio, de ônibus)

“Mande a carta pelo correio.”
“Viajaremos de ônibus.”

Adjunto adverbial de assunto (de..., sobre..., a respeito de...)

“Os homem discutiam sobre futebol.”
“As mulheres falavam do perigo no trânsito.”

Adjunto adverbial de companhia (junto com, com, na companhia de)

“Irei viajar com meus irmãos.”
“O presidente se reuniu com o prefeito.”

Adjunto adverbial de direção (para cima, abaixo)

“Jogou a bola para cima.”
“A casa foi abaixo!”

Adjunto adverbial de exclusão (menos, com exceção de, exceto)

“Todos tiraram férias menos eu.”
“Todos os diretores viajaram, exceto um.”

Adjunto adverbial de frequência (diariamente, frequentemente, mensalmente)

“Visito minha mãe frequentemente.”
“Anualmente pago este imposto.”

Adjunto adverbial de instrumento (de faca, a marteladas, com uma tesoura).

“Quebrou o móvel a marteladas.”
“Cortou a corda com uma tesoura”.

O adjunto adverbial, como podemos ver nos exemplos acima, indica a circunstância da ação verbal, podendo incidir também sobre o adjetivo ou sobre outro advérbio.
A posição do adjunto adverbial na frase é, normalmente, no final, contudo ele pode aparecer em outra posição, basta o colocarmos entre vírgulas.
Exemplo:

“Marta feriu-se violentamente com uma tesoura.”
“Violentamente, Marta feriu-se com uma tesoura.”
“Com uma tesoura, Marta feriu-se violentamente.”
“Com uma tesoura, violentamente, Marta feriu-se.”
“Violentamente, com uma tesoura, Marta feriu-se.”

Obviamente há preferência para o uso do adjunto adverbial no seu local padrão, ou seja, no final da frase, mas dependendo da intenção estilística, pode-se reorganizar a frase colocando-o em outras posições, como mostrado acima.
O adjunto adverbial é considerado um termo acessório da oração, ou seja, um termo que pode ser dispensado sem prejuízo na estrutura sintática da frase, mas que nem por isso deixa de ser importante, pois dependendo da mensagem a ser transmitida, ele será essencial para a compreensão da mesma.
Os outros termos acessórios são o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo.

ADJUNTO ADVERBIAL
De afirmação
Sim, com certeza, deveras etc.
De assunto
Sobre política, sobre time, etc.
De causa
Por necessidade etc.
De companhia
Com meus irmãos etc.
De concessão
Apesar etc.
De dúvida
Talvez, porventura, quiçá, acaso etc.
De lugar
Aqui, ali, acolá, abaixo, atrás, dentro, lá etc.
De instrumento
Com a pá etc.
De intensidade
Muito, pouco, *bastante, mais, tão, quão etc.
De matéria
Com mármore etc.
De meio
De ônibus, de carro etc.
De modo
Bem, mal, devagar, depressa, palavra + mente: carinhosamente, educadamente etc.
De negação
Não, em hipótese alguma etc.
De tempo
Ontem, hoje, agora, cedo, tarde, breve etc.

(*) "bastante" pode ou não ser advérbio depende da frase.
Exemplos:
- Têm bastantes homens. (adjetivo)
- Corri bastante. (advérbio)

Exercícios

1. Das alternativas que seguem, apenas uma não se encontra corretamente analisada quanto à sua estrutura sintática. Identifique-a:
a) Os animais fugiram do zoológico. (adjunto adverbial de lugar)
b) Os animais do zoológico fugiram. (adjunto adnominal)
c) Os alunos deixaram o colégio entusiasmados. (adjunto adnominal)
d) A garota chegou em casa apressadamente. (adjunto adverbial de modo)
e) O pai eufórico socorreu a criança. (adjunto adnominal)

2. “O Brasil jovem está “curtindo” o vestibular.”
Os termos destacados no período acima são, respectivamente:

a) adjunto adverbial e objeto direto
b) predicativo do sujeito e objeto direto
c) adjunto adnominal e complemento nominal
d) adjunto adnominal e objeto direto 
e) adjunto adverbial e predicativo do sujeito


Frases complexas

Para entender a formação das frases complexas, busquemos primeiramente compreender a formação das frases simples.
Frases simples-possuem apenas um verbo.
 Exemplo:

“O meu vizinho foi ao médico.”
Frases complexas-possuem mais de uma oração, ou seja, mais de um verbo.
Exemplo:

Gostei desta blusa e comprei-a logo.”
É possível ainda transformar uma frase simples em uma frase complexa através da junção de duas frases simples:
“O João leu um livro.”
“Eu li uma revista.”
Logo:
“O João leu um livro e eu li uma revista.”
Frases complexas compostas por duas ou mais orações são chamadas de período composto, que podem ser classificados por coordenação e por subordinação.
Nas orações coordenadas não há uma relação de dependência. Uma não está dependente da outra para ter sentido próprio. As orações costumam estar ligadas através de uma conjunção ou locução conjuncional.
Exemplo:
“Acordei cedo, / tomei o café, / paguei a conta,/ e deixei o hotel.”
Quando as orações não vêm introduzidas por conjunção, recebem o nome de coordenadas assindéticas. Quando vêm introduzidas por conjunção, recebem o nome de coordenadas sindéticas.
As orações coordenadas sindéticas classificam-se de acordo com a relação que estabelecem com outras orações, em aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
Copulativa – estabelece uma relação de adição com a(s) oração(ões) com que se combina.
Exemplo:
“Estou cansado e vou descansar.”

Adversativa – transmite uma ideia de contraste, de oposição, relativamente à ideia expressa na frase ou oração com que se combina.
Exemplo:

“Estou cansado, mas vou continuar.”

Disjuntiva – exprime um valor de alternativa face ao que é expresso pela oração com que se combina.
Exemplo:

“Ou descanso ou não posso continuar.”

Conclusiva – transmite uma ideia de conclusão decorrente da ideia expressa na frase ou oração com que se combina.
Exemplo:

“Estou cansado, logo não posso continuar.”

Explicativa – apresenta uma justificação ou explicação relativa à frase ou oração com que se combina.
Exemplo:

“Estou cansado porque andei muito.”

A subordinação é a relação sintática estabelecida entre orações em que uma (subordinada) está sintaticamente dependente de outra (subordinante).
As orações subordinadas podem-se classificar em:

Substantiva – desempenha a função sintática de sujeito ou de complemento de um verbo, nome ou adjetivo, podendo ser facilmente substituída por um pronome como isso e subdividindo-se em:

Completiva, que completa a ideia da oração anterior e pode ser introduzida pelas conjunções subordinativas que, se e para.
Exemplo:

“Eu bem sei que tu não voltas.”

Relativa, que é introduzida por quantificadores e pronomes relativos sem antecedente, como quem, o que, onde, quanto, que, o qual, os quais, a qual, as quais.
Exemplo:

Quem espera sempre alcança.”

Adjetivas – exerce a mesma função que um adjetivo e subdivide-se em:

Relativa restritiva, que tem como função restringir a informação dada sobre o antecedente; a sua omissão acarreta uma alteração do sentido da oração subordinante, pois apresenta informação relevante para a definição do antecedente.
Exemplo:

“O poeta português que escreveu Os Lusíadas foi grandioso.”

Relativa explicativa, que apresenta informação adicional sobre o antecedente; a sua omissão não altera o sentido da oração subordinante, uma vez que o antecedente já se encontra suficientemente definido.
Exemplo:

“A literatura, que é imortal, encanta os leitores.”

Adverbiais – desempenha a função sintática de modificador da frase ou do grupo verbal e, modificando o sentido de outras orações, subdivide-se em:

Causal, que indica a causa ou o motivo daquilo que é expresso na subordinante.
Exemplo:

“Não compro este carro porque consome muito.”

Final, que enuncia o objetivo da realização da situação descrita na subordinante.
Exemplo:

“Leva dinheiro para pagares as compras.”

Temporal, que estabelece a referência temporal em relação à qual a subordinante é interpretada.
Exemplo:

“Estavas ao telefone, quando entrei.”

Concessiva, que admite algo contrário ao que é apresentado na subordinante mas incapaz de impedi-lo.
Exemplo:

“Iremos à piscina, embora não seja do meu agrado.”

Condicional, que indica uma hipótese ou condição em relação ao que é expresso na subordinante.
Exemplo:

Se ele fosse rico, teria muitos criados.”

Comparativa, que contém o segundo elemento de uma comparação que estabelece em relação a uma situação apresentada na subordinante.
Exemplo:

“Ele trata-me como se eu fosse sua inimiga.”

Consecutiva, que apresenta uma consequência da situação expressa na subordinante.
Exemplo:

“Comi tanto que fiquei indisposta.”

Exercicios
1. Assinale com S as frases simples e com C as frases complexas:
a) Os passarinhos cantavam e as abelhas zuniam de flor em flor. (   )
b) O Tomás comeu a sopa toda. (   )
c) A natureza ria, mas ele estava triste. (   ).
d) A gata mia. (   ).

Respostas: a-(C), b-(S), c-(C), d-(S).

2. Transforme as frases complexas a seguir em frases simples:
a) Meu quarto está muito luminoso, mas não é confortável.
b) O meu computador é novo, no entanto avariou-se.
c) Ele entrou na sala, acendeu a luz e ligou a televisão.
d) A Elisa foi trabalhar para Timor e regressa daqui a um ano.

Respostas:
a)    Meu quarto está muito luminoso. Ele não é confortável.
b)    O meu computador é novo. Ele avariou-se.
c)    Ele entrou na sala. Ele acendeu a luz. Ele ligou a televisão.
d)    A Elisa foi trabalhar para Timor. Ela regressa daqui a um ano.

        3. Classifique a oração sublinhada na frase “Os alunos que terminaram a prova esperaram pelo final do tempo estabelecido.”
       a) Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
       b) Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
       c) Oração subordinada substantiva completiva.
       d) Oração subordinada substantiva relativa sem antecedente.
    
       Resposta: Alternativa “a”.


Grupo 8 
Alexandre Ramos
Bianca Regina Cabral
Bruna Cristina Seabra
Bruna Fernandes Almeida