Universidade Paulista Inst. C. S. e Comunicação
Curso de Letras
Atividade Prática Supervisionada
Morfossintaxe Aplicada
De Língua Portuguesa
Ana Paula Lopes de Lima – R.A.:
B9441D-4
Poliana Nunes Brandão - R.A.:
B9485C-0
Roseli Mihara de Carvalho
Rodrigues - R.A.: B93371-2
Relatório das aulas de Malp - 2°
semestre de 2014, sob orientação do Prof. Luiz Fernando Fonseca Silveira.
INTRODUÇÃO
Trabalho realizado para a matéria de Atividades
Práticas Supervisionadas dos 3° e 4° semestres do curso de Letras, Campus Sorocaba. Os
relatórios são referente às aulas de Morfossintaxe Aplicada de Língua Portuguesa
ministrada pelo Prof. Luiz Fernando Fonseca Silveira.
Os temas abordados foram: Sujeito Oracional,
Complementos Verbais e Predicação, Complementos Nominais e Termos Adjuntos do
Nome e do Verbo e Frases Complexas em Português: Substantivas, Adverbiais e
Adjetivas, a seguir então serão apresentadas os relatórios, bem como as
propostas de ensino.
Sujeito
Oracional
Introdução
O sujeito é constituído por um substantivo ou
pronome, ou por uma palavra ou expressão substantivadas.
O núcleo do sujeito é, geralmente, um substantivo
ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer palavras secundárias (artigos,
adjetivos, numerais, etc.).
Fundamentação
Teórica
A função sintática que denominamos sujeito, é um termo essencial da frase
e pode se comportar de várias maneiras, dependendo da intenção da mesma:
agente, experienciador, paciente, etc.
O sujeito tem a característica de concordar com o
verbo, salvo raríssimas exceções.
Sujeito
É o termo da oração sobre o qual se diz alguma
coisa.
Exemplo:
Maria fez faculdade de Letras.
Maria é o sujeito da oração, pois é a respeito dela que
se diz algo.
Núcleo do
Sujeito
É a palavra mais importante do sujeito. No exemplo
citado acima, Maria é o sujeito e o núcleo do sujeito também. Porém, às vezes,
o sujeito vem composto por várias palavras e conectivos. Então, é preciso
identificar qual destas palavras é a mais importante.
Exemplo
1:
O carro do meu pai é azul.
O sujeito é: O carro do meu pai.
Temos cinco termos. Destes, o mais importante é carro.
Logo, carro é o núcleo do sujeito.
Exemplo
2:
Esta casa é bonita.
Sujeito: esta casa
Núcleo: casa
Vejamos agora quais os tipos de sujeito existentes
e como eles são caracterizados para que possamos identifica-los.
Sujeito
Simples
Possui apenas um núcleo e este vem exposto.
Exemplo:
Deus é perfeito!
Pastavam vacas brancas e malhadas.
Sujeito
Composto
Possui dois ou mais núcleos que também vêm
expressos na oração.
Exemplo:
As vacas brancas e os touros pretos
pastavam.
Fome e desidratação são
agravantes das doenças daquele povo.
Sujeito
Elíptico, Subentendido ou Desinencial
É determinado pela desinência verbal e não aparece
explícito na oração. Dá-se por isso o nome de sujeito implícito. Antigamente
era chamado de sujeito oculto.
Exemplos:
Estamos sempre alertas para com os aumentos
abusivos de preços. (sujeito: nós)
Quero que meus pais cheguem de viagem o mais rápido
possível. (sujeito: eu)
Sujeito
Indeterminado
Este tipo de sujeito não aparece explícito na
oração por ser impossível determina-lo, apesar disso, sabe-se que existe um
agente ou experienciador da ação verbal.
Exemplo:
1-
Verbo na 3ª pessoa do plural.
Dizem que a família está falindo. (alguém diz, mas
não se sabe quem).
2-
Verbo na 3ª pessoa do singular + se, índice de indeterminação do
sujeito.
Precisa-se de mão de obra especializada. (não se
pode determinar quem precisa).
Sujeito
Inexistente
Também chamado de oração sem sujeito, é designado por verbos que não correspondem a
uma ação, como fenômenos da natureza, entre outros.
Exemplos:
1-
Verbos indicando Fenômenos da Natureza.
Choveu na Argentina e fez sol no Brasil.
2-
Verbo haver no sentido de existir ou ocorrer.
Houve um grave acidente na avenida principal.
Há pessoas que não valorizam a vida.
3-
Verbo fazer indicando tempo ou clima.
Faz meses que não a vejo.
Faz sempre frio nessa região do estado.
Proposta
de Ensino
Considere os seguintes trechos:
I – Vendem-se imóveis.
II – Eles haviam deixado a festa mais cedo.
III – Palavras horríveis choveram daquela boca
pavorosa.
Assinale a(s) proposição(ões) correta(s):
1 – No trecho
I, o sujeito é indeterminado, pois não podemos saber quem está vendendo as
casas.
2 – Nos
trechos I, II, III, o sujeito é simples.
3 – No trecho
II e III, o sujeito é inexistente, já que os verbos são “haver” e “chover”,
respectivamente.
Resolução:
A afirmativa correta é:
2 – Nos
trechos I, II, III, o sujeito é simples.
A afirmativa 1 não está correta, pois afirma que no
trecho I o sujeito é indeterminado, sendo que na verdade trata-se de um sujeito
simples.
A afirmativa 3 também está incorreta, pois afirma
que as frases II e III possuem sujeitos inexistentes, porém ambas possuem
sujeitos simples.
Complementos
Verbais e Predicação
Introdução
Os dois constituintes imediatos da oração são o
sujeito e o predicado, entretanto falaremos agora sobre o predicado e
complementos verbais, predicado é tudo o que se fala do sujeito.
Fundamentação
Teórica
Predicado
Para estudar predicado é preciso conhecer algumas
noções de predicação verbal.
Há verbos que expressam ação (chamados de
significativos). São eles:
- Verbo transitivo direto
- Verbo transitivo indireto
- Verno transitivo direto e indireto
- Verbo intransitivo
Há verbos que expressam estado e que são
chamados de verbos de ligação.
Verbos Transitivos
São aqueles que não trazem em si a ideia completa
da ação, necessitam de um outro termo para completar o seu sentido. Esse outro
termo é chamado de objeto.
Os verbos transitivos podem ser:
-
Transitivos diretos
- Transitivos indiretos
- Transitivos diretos e indiretos
- Transitivos indiretos
- Transitivos diretos e indiretos
Transitivos Diretos
Existe uma transição direta entre a ação e o
complemento, não existe nenhuma “ponte” (preposição).
- Poucos viram o cometa Halley.
Viram:
verbo transitivo direto
O cometa Halley: objeto direto
O cometa Halley: objeto direto
- Os feirantes tiveram lucro.
Tiveram:
VTD
Lucro: OD
Lucro: OD
- Derrubaram a velha casa.
Derrubaram:
VTD
A velha casa: OD
A velha casa: OD
Transitivo Indireto
A ação transita indiretamente para o complemento,
ou seja, ela precisa de uma “ponte”, uma ligação. Esta ligação é feita através
da preposição.
- Todos nós precisamos de respeito.
Precisamos:
VTI
De: preposição
De respeito: objeto indireto
De: preposição
De respeito: objeto indireto
Eu
acredito em Deus.
Acredito: VTI
Em Deus: OI
Acredito: VTI
Em Deus: OI
Transitivo Direto e Indireto
A ação transita para o complemento direta e
indiretamente. Ou seja, existem dois complementos, um sem “ponte” (preposição)
e outro com “ponte” (preposição).
- As crianças receberam elogios de seus pais.
Receberam:
VTDI
Elogios: OD
De seus pais: OI
Elogios: OD
De seus pais: OI
Intransitivos
São verbos que não precisam de complementos.
- Ele morreu.
- A criança chora.
- As folhas caem.
- A criança chora.
- As folhas caem.
O verbo intransitivo pode aparecer combinado com
palavras ou expressões que indiquem tempo, lugar, modo,
etc., são os chamados adjuntos adverbiais.
- Ele morreu hoje.
Hoje: adj. adv. de tempo.
Verbos de Ligação
São eles: ser, estar, parecer, permanecer, ficar,
continuar.
- O garoto permaneceu calado.
Permaneceu:
verbo de ligação
Calado: predicativo do sujeito
Calado: predicativo do sujeito
São verbos que não indicam ação e sim estado.
- Ela
ficou bonita.
- Ele vive perfumado.
- Juli continua doente.
- Ele vive perfumado.
- Juli continua doente.
OBSERVAÇÕES
Um mesmo verbo pode aparecer como transitivo ou
intransitivo.
- A
criança dormiu. (verbo intransitivo)
- A criança dormiu um sono tranquilo. (aqui o verbo “dormir” é transitivo direto, e “um sono tranquilo” é objeto direto).
- A criança dormiu um sono tranquilo. (aqui o verbo “dormir” é transitivo direto, e “um sono tranquilo” é objeto direto).
Um mesmo verbo pode aparecer como intransitivo ou
de ligação.
- Ele
anda todas as manhãs. (ação)
- Ele anda nervoso. (estado)
- Ele anda nervoso. (estado)
Tipos de Predicado
- Verbal
- Nominal
- Verbo-nominal
- Nominal
- Verbo-nominal
Predicado verbal
É aquele que indica ação. O núcleo (palavra mais
importante) do predicado verbal é o verbo (transitivo ou intransitivo).
- Dois
pescadores conversam. (predicado verbal)
- O trem chegou à estação. (predicado verbal)
- O trem chegou à estação. (predicado verbal)
Predicado Nominal
É aquele que informa um estado do sujeito. Nesse
tipo de predicado aparece sempre o verbo de ligação e o predicativo do sujeito
(tudo que se fala do sujeito).
- As crianças parecem tristes.
Parece:
VL
Tristes: predicativo do sujeito.
Tristes: predicativo do sujeito.
O núcleo do predicado nominal é o predicativo do
sujeito.
Predicado Verbo Nominal
Informa ação e estado.
- Os operários chegaram cansados.
Chegaram:
ação
Cansados: estado
Cansados: estado
- O trem chegou atrasado à estação.
Chegou:
ação
Atrasado: estado
Atrasado: estado
- A criança brincava distraída.
Brincava:
ação
Distraída: estado
Distraída: estado
Complementos
São termos integrantes da oração os que completam a
significação transitiva dos verbos e nomes. Integram o sentido da oração, sendo
por isso indispensável à compreensão do enunciado.
Objeto
Direto
É o complemento dos verbos de predicação
incompleta, não regido, normalmente, de preposição. Exemplos:
As fábricas poluem o ar.
Procurei o livro, mas não o
encontrei.
O objeto direto tem as seguintes características:
ü completa
o sentido dos verbos transitivos diretos;
ü normalmente,
não vem regido de preposição;
ü traduz o
ser sobre o qual recai a ação expressa por um verbo ativo;
ü torna-se
sujeito da oração na voz passiva;
O objeto direto pode ser constituído:
ü por um
substantivo ou expressão substantivada;
ü pelos
pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos;
ü por
qualquer pronome substantivo;
Objeto
Direto Preposicionado
Há casos em que o objeto direto, isto é, o
complemento de verbos transitivos diretos, vem precedido de preposição,
geralmente, a preposição a. Isto ocorre principalmente:
ü quando o
objeto direto é um pronome pessoal tônico;
ü quando o
objeto é o pronome relativo quem;
ü quando
precisamos assegurar a clareza da frase, evitando que o objeto direto seja
tomado como sujeito;
ü com nomes
próprios ou comuns, referentes a pessoas;
ü em
construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto direto para dar-lhe
realce;
ü sendo o
objeto direto o numeral ambos (as);
ü com
certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes a pessoas;
ü em certas
construções enfáticas, como puxar da espada, pegar da pena, cumprir com o
dever, atirar com os livros sobre a mesa, etc.
Objeto
Indireto
Objeto indireto é o complemento verbal regido de
preposição necessária e sem valor circunstancial. Representa, ordinariamente, o
ser a que se destina ou se refere à ação verbal.
O objeto indireto completa a significação dos
verbos:
ü transitivos
indiretos
Assisti ao jogo.
Lembre-se de nós.
ü Transitivos
diretos e indiretos (na voz ativa ou passiva):
Dou graças a Deus.
Pedi desculpas ao professor.
O objeto indireto pode ainda acompanhar:
ü verbos
transitivos
ü verbos de
ligação
ü o objeto
indireto é sempre regido de preposição, expressa ou implícita.
Agente da
Passiva
Agente da passiva é o complemento de um verbo na
voz passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo passivo.
Vem regido comumente da preposição por, e menos frequentemente da
preposição de.
O agente da passiva pode ser expresso pelos
substantivos ou pronomes:
As flores são umedecidas pelo orvalho.
A carta foi cuidadosamente corrigida por mim.
O agente da passiva corresponde ao sujeito da
oração na voz ativa:
A rainha era clamada pela multidão. – voz passiva
A
multidão aclamava a rainha. – voz ativa
Proposta
de Ensino
Identifique a alternativa em que a preposição a
(que antecede o objeto preposicionado) pode ser suprimida sem prejuízo para o
sentido ou para a estrutura da frase.
A) Eles
se estimam uns aos outros.
B) A
Abel matou Caim.
C) Cuidava
do amigo como a um filho.
D) Os
samaritanos amparam aos necessitados.
E) Conheci
a pessoa a quem admiras.
Resolução:
Neste exercício, deve ser identificada a
alternativa que traz a preposição “a” antecedente a um objeto preposicionado,
com a possibilidade de ser suprimida sem prejuízo para a compreensão da frase.
A alternativa correta é a letra D - Os samaritanos
amparam aos necessitados. A preposição aí pode ser retirada sem prejudicar a
compreensão da frase, uma vez que se trata de um verbo transitivo direto, que
não pede preposição, e de um objeto direto, que também não precisa ser
acompanhado pela preposição.
Nas demais frases, não é possível retirar a
preposição “a” sem prejudicar a compreensão das mesmas.
Complemento
Nominal
Introdução
È o termo que completa o sentido de uma palavra que
não seja verbo. Assim pode se referir a substantivos,
adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição.
Fundamentação
Teórica
O complemento nominal representa o recebedor, o
paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. È regido pelas mesmas
preposições do objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de
complementar verbos, complementa nomes (substantivos, adjetivos)e alguns
advérbios terminados em mente.
Exemplo:
Cecília
tem orgulho da
filha.
substantivo complemento nominal
substantivo complemento nominal
Ricardo estava consciente de
tudo.
adjetivo complemento nominal
adjetivo complemento nominal
A professora
agiu favoravelmente aos
alunos.
advérbio complemento nominal
advérbio complemento nominal
Exemplo:
- Tenho-lhe respeito.
O pronome lhe funciona como CN,
pois Tenho respeito a alguém, sendo que a prep. a não
provém do verbo ter, e sim do substantivo respeito.
Quando o complemento nominal for representado
por uma oração, recebe o nome de oração subordinada substantiva
completiva nominal.
Exemplo:
- Temos confiança em que
conseguiremos nosso intento.
A oração que conseguiremos nosso intento é
oração subordinada substantiva completiva nominal, pois a preposição em não
provém do verbo, mas sim do substantivo confiança.
Adjunto
adnominal
É o termo que se liga a um nome ou palavra
substantivada para qualificá-lo ou determiná-lo. É expresso geralmente por um
adjetivo, locução adjetiva, artigo, pronome ou numeral.
Exemplo:
Neste Natal, estimule a criatividade de seus alunos.
Neste Natal, estimule a criatividade de seus alunos.
Predicativo
É o termo da oração que qualifica, classifica ou
expressa um estado do núcleo do sujeito ou do núcleo do objeto.
Exemplo:
Os torcedores saíram alegres. (predicativo do sujeito)
Os torcedores saíram alegres. (predicativo do sujeito)
Os torcedores consideraram o jogo fraco. (predicativo do objeto)
Aposto
É o termo da oração que resume, explica ou
especifica um nome.
Exemplo:
Graças ao pai da psicanálise, Sigmund
Freud, a masturbação começou a ser entendida como um hábito saudável em
qualquer idade, da infância à velhice.
O aposto geralmente vem marcado por algum tipo de
pontuação: vírgula, travessão, parênteses ou dois-pontos.
Exemplo:
Algumas
frutas - duas ou três - foram escolhidas para a exposição.
Termos
ligados ao verbo
Existem alguns termos que se ligam aos verbos. São
eles:
Adjunto adverbial
Agente da passiva
Objeto direto
Objeto indireto
Adjunto
adverbial
É o termo da oração que se liga ao verbo, adjetivo
ou advérbio para indicar uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade,
negação, finalidade...).
Exemplos:
Na escola, fala-se muito pouco sobre o que
as crianças pensam espontaneamente.
Circunstância de lugar.
Depois de refletir, uma menina ergueu a mão.
Circunstância de tempo.
Agente da
passiva
É o termo da oração que se liga ao verbo para
indicar o agente da ação verbal. Sempre vem precedido de preposição.
Exemplo:
O abaixo-assinado foi feito pelos alunos.
O agente da passiva só existe quando a oração
estiver na voz passiva.
Objeto
direto
É o termo da oração que completa o verbo transitivo
direto (VTD) sem mediação de uma preposição.
Exemplo:
A prática estimula a reflexão
filosófica independentemente da leitura.
Objeto
direto preposicionado:
O objeto direto preposicionado completa o sentido
de um verbo transitivo direto (VTD), enquanto que um objeto indireto completa o
sentido de um verbo transitivo indireto (VTI). Geralmente, é usado para
solucionar casos de ambiguidade de oração ou por uma questão de estilo.
Exemplo:
Amou a seu pai com a mais plena grandeza da
alma.
amar (VTD); a seu pai (objeto direto preposicionado).
amar (VTD); a seu pai (objeto direto preposicionado).
Objeto
indireto
É o termo que completa o sentido de um verbo
transitivo indireto (VTI) com mediação de uma preposição.
Exemplo:
Na
formatura, ele lembrou-se da faculdade.
Proposta
de Ensino
Questão 1
Das alternativas que seguem apenas uma não se
encontra corretamente analisada quanto à sua estrutura sintática.
Identifique-a:
a – ( ) Os animais fugiram
do zoológico. (adjunto adverbial de lugar)
b – ( ) Os animais do
zoológico fugiram. (adjunto adnominal)
c – ( ) Os alunos deixaram
o colégio entusiasmados. (adjunto adnominal)
d –( ) A garota chegou em casa
apressadamente. (adjunto adverbial de modo)
e – ( ) O pai
eufórico socorreu a criança. (adjunto adnominal)
Resolução:
1)
Alternativa “c”.
Frases
Complexas em Português:
Substantivas,
Adverbiais e Adjetivas.
Introdução
No período composto, tem-se a combinação de duas ou
mais orações, que pode ser feita através dos procedimentos sintáticos de coordenação (combinação) e subordinação (encaixamento). Na
subordinação, as regras são de
substituição, ao passo que, na coordenação, estas operações são de adição. Os conceitos puramente
sintáticos de coordenação e subordinação vêm sendo questionados,
considerando-se que, do ponto de vista semântico e pragmático, as frases de um
período composto são necessariamente interdependentes.
Fundamentação
Teórica
Período Composto
Quando uma declaração/enunciado contém duas ou mais
orações, este enunciado é chamado de PERÍODO COMPOSTO.
Há dois tipos de período composto:
1. PERÍODO COMPOSTO POR
COORDENAÇÃO
Como o nome já diz, um período composto por
coordenação é formado por duas ou mais orações coordenadas, ou seja, que não
possuem nenhum tipo de dependência uma das outras.
Exemplo:
Corram depressa e saiam
pela direita!
Ele sabia a verdade, mas ela
negou tudo.
2. PERÍODO COMPOSTO POR
SUBORDINAÇÃO
Este tipo de período é formado por uma oração
principal que é complementada com uma ou mais orações subordinadas.
Estas orações poderão exercer a função de sujeito, complemento nominal, adjunto
adverbial, adjunto adnominal, etc., dentro da estrutura da oração principal.
Exemplo:
A polícia sabia que havia pessoas no prédio.
Quando eu voltar, farei o
jantar.
Há também casos em que um
mesmo período é composto por COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO.
Neste caso, o período possui dois tipos de relação:
subordinação e coordenação. No caso abaixo, há uma oração principal, que possui
duas orações subordinadas a ela, e estas duas orações são coordenadas entre si.
Observe:
É bom que ela venha amanhã e traga
os livros.
Observe que a oração “que ela venha amanhã” não
possui nenhum tipo de dependência com a oração “(que ela) traga os
livros”. Contudo, ambas são subordinadas à oração principal, iniciada
com “É bom que...”.
Há três tipos de orações subordinadas: As substantivas, as adjetivas e
as adverbiais.
Orações Subordinadas Substantivas
São orações que exercem a mesma função que um substantivo, na
estrutura sintática da frase.
Exemplo 1:
- A
menina quis um
sorvete. (período simples)
A menina = sujeito;
Quis = verbo transitivo direto;
Um sorvete = objeto direto;
A menina = sujeito;
Quis = verbo transitivo direto;
Um sorvete = objeto direto;
Temos duas posições na frase anterior em que
podemos usar um substantivo:
o sujeito (menina) e o objeto direto (sorvete). Nessas mesmas posições podem
aparecer, em um período composto, orações subordinadas substantivas.
Dependendo de onde elas apareçam e da função que
elas exerçam, poderemos classificar como Subjetiva (função de sujeito) ou como
Objetiva direta (função de objeto direto).
Sendo assim, notamos que:
- A
menina quis que eu comprasse sorvete. (período composto)
A menina = sujeito;
Quis = verbo transitivo direto;
Que eu comprasse sorvete = Oração subordinada substantiva Objetiva direta.
A menina = sujeito;
Quis = verbo transitivo direto;
Que eu comprasse sorvete = Oração subordinada substantiva Objetiva direta.
E ainda em:
- Quem
me acompanhava quis um sorvete. (período composto)
Quem me acompanhava = oração subordinada subjetiva;
Quis = verbo transitivo direto;
Um sorvete = Objeto direto;
Quem me acompanhava = oração subordinada subjetiva;
Quis = verbo transitivo direto;
Um sorvete = Objeto direto;
Além das posições de sujeito e objeto direto, as
orações subordinadas substantivas podem exercer a função de um predicativo,
de um objeto
indireto, de um aposto e
de um complemento
nominal.
Portanto podemos ter oração subordinada substantiva
de seis tipos:
1.
Subjetiva: ocupa a
função de sujeito.
Exemplos:
- É
preciso que o grupo melhore.
Verbo de Ligação + predicat. + O. S. S. Subjetiva
Verbo de Ligação + predicat. + O. S. S. Subjetiva
- É
necessário que você compareça à reunião.
VL + predicat. O. S. S. Subjetiva
VL + predicat. O. S. S. Subjetiva
-
Consta que esses homens foram
presos anteriormente.
VI + O. S. S. Subjetiva
VI + O. S. S. Subjetiva
- Foi
confirmado que o exame deu positivo.
Voz passiva O. S. S. Subjetiva
Voz passiva O. S. S. Subjetiva
2.
Predicativa: ocupa a
função do predicativo do sujeito.
Exemplos:
- A
dúvida é se você virá.
Suj. + VL + O. S. S. Predicativa
Suj. + VL + O. S. S. Predicativa
- A
verdade é que você não virá.
Suj. + VL + O. S. S. Predicativa
Suj. + VL + O. S. S. Predicativa
3. Objetiva Direta: ocupa a
função do objeto direto. Completa o sentido de um Verbo Transitivo Direto.
Exemplos:
- Nós
queremos que você fique.
Suj. + VTD + O. S. S. Obj. Direta
Suj. + VTD + O. S. S. Obj. Direta
-
Os alunos pediram que
a prova fosse adiada.
Sujeito + VTD + O. S. S. Objetiva Direta
Sujeito + VTD + O. S. S. Objetiva Direta
4.
Objetiva Indireta: ocupa a
função do objeto indireto.
Exemplos:
- As
crianças gostam (de) que esteja tudo tranquilo.
Sujeito + VTI + O. S. S. Objetiva Indireta
Sujeito + VTI + O. S. S. Objetiva Indireta
- A
mulher precisa de que alguém a ajude.
Sujeito + VTI + O. S. S. Obj. Indireta
Sujeito + VTI + O. S. S. Obj. Indireta
5.
Completiva Nominal: ocupa a
função de um complemento nominal.
Exemplos:
- Tenho
vontade de que aconteça algo inesperado.
Suj. + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Completiva Nominal
Suj. + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Completiva Nominal
- Toda
criança tem necessidade de que alguém a ame.
Sujeito + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Comp. Nom.
Sujeito + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Comp. Nom.
6.
Apositiva: ocupa a
função de um aposto.
Exemplos:
- Toda a família tem a mesma expectativa: que eu passe no vestibular.
Sujeito + VTD + Objeto Direto + O. S. S. Apositiva
Sujeito + VTD + Objeto Direto + O. S. S. Apositiva
Orações Subordinadas Adjetivas
Orações adjetivas são aquelas orações que exercem a
função de um adjetivo dentro
da estrutura da oração principal. Elas são sempre iniciadas por um pronome relativo e
servem para caracterizar algum nome que aparece na estrutura da frase. Há dois
tipos de orações adjetivas: as restritivas e as explicativas.
O. S. Adjetivas Restritivas:
funcionam como adjuntos
adnominais e servem para designar algum elemento da frase. Não pode
ser isolada por vírgulas, e restringe, identifica o substantivo
ou pronome ao
qual se refere.
Exemplo:
- Eles
são um dos casais que falaram conosco ontem.
Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva
Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva
- Os
idosos que gostam de dançar se divertiram muito.
Suj. + O.S. Adjetiva Restritiva + VI + adj. Adv.
Suj. + O.S. Adjetiva Restritiva + VI + adj. Adv.
O. S. Adjetivas Explicativas: ao
contrário das restritivas, são quase sempre isoladas por vírgulas. Servem para
adicionar características ao ser que designam. Sua função é explicar, e
funciona estruturalmente como um aposto explicativo.
Exemplo:
- Meu
tio, que era advogado, prestou serviços ao réu.
Sujeito + O.S. Adj. Explicat. + VTDI + OD + OI
Sujeito + O.S. Adj. Explicat. + VTDI + OD + OI
-
Eu, que não sou perfeito, já cometi alguns erros graves.
Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VTD + OD
Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VTD + OD
- Os
idosos, que gostam de dançar, se divertiram muito.
Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VI + Adj. Adv.
Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VI + Adj. Adv.
Orações Subordinadas Adverbiais
Existem nove tipos de orações subordinadas
adverbiais. Esse tipo de oração age na frase como um advérbio, modificando
o sentido de outras orações e ocupando a função de um adjunto adverbial.
As orações adverbiais são sempre iniciadas por uma
conjunção subordinativa.
São elas:
Causal: designam a causa, o motivo.
Causal: designam a causa, o motivo.
Exemplo:
- Ela cantou porque ouviu sua banda
favorita.
Comparativa: estabelece uma comparação com a oração principal.
Exemplo:
- Ela andava leve como uma borboleta.
Concessiva: se opõe às ideias expressas pela oração
principal.
Exemplo:
- Embora a prova estivesse fácil, demorei
bastante para terminar.
Condicional: expressa uma condição para que aconteça aquilo
que a oração principal diz.
Exemplo:
- Caso você não estude, ficará muito
ansioso para a prova.
Conformativa: expressam conformidade ou algum tipo de acordo
com a oração principal.
Exemplo:
- Como eu havia te falado, a prova não
estava fácil.
Consecutiva: é a consequência da oração principal.
Exemplo:
- Comecei o dia tão mal que não consegui me
concentrar no trabalho.
Final: indica finalidade, propósito para que aconteça a
oração principal.
Exemplo:
- Não vou fechar os portões da biblioteca, para
que você possa fazer sua pesquisa.
Proporcional: indica proporção.
Exemplo:
- Quanto mais você fumar, mais grave
ficará sua doença.
Temporal: localiza a oração principal em um determinado
tempo.
Exemplo:
- Quando você voltar nós
conversaremos com calma.
Proposta
de Ensino
De acordo com o referido modelo, transforme em
período composto os períodos simples apresentados abaixo:
a – Acreditávamos realmente na sua colaboração durante a pesquisa.
Acreditávamos realmente que você colaborasse durante a pesquisa.
b – A família estava certa da chegada de Carlos para a comemoração.
c – O meu desejo era o comparecimento de todos à reunião.
d – Foi confirmada a sua participação na entrevista aos candidatos.
e – A solução mais viável é a desistência dos funcionários em permanecer com a greve.
Resolução
b – A
família estava certa de que Carlos chegaria para a
comemoração.
c – O meu desejo era que todos comparecessem à reunião.
d – Foi
confirmado que você participou na entrevista aos candidatos.
e – A
solução mais viável é que os funcionários desistam em
permanecer com a greve.
Os relatórios foram elaborados como conclusão aos
assuntos tratados em sala de aula.
Bibliografia
SAUTCHUK, Inez. Prática de Morfossintaxe. 2ª
edição, Barueri, SP: Manole, 2010.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Nova Minigramática da
Língua Portuguesa. 1ª edição, São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional, 2004.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa.
37ª. Edição, Rio de Janeiro, RJ: Editora Nova Fronteira, 2009.
Bibliografia
Digital
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